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quarta-feira, 27 de maio de 2015

Auto da Compadecida


Auto da Compadecida é uma peça teatral em forma de auto, em três atos escrita em 1955 pelo autor brasileiro Ariano Suassuna. Sua primeira encenação foi em 1956, em Recife, Pernambuco. Posteriormente houve nova encenação em 1974, com direção de João Cândido.
É um drama do Nordeste do Brasil. Insere elementos da tradição da literatura de cordel,de gênero comédia apresenta traços do barroco católico brasileiro, mistura cultura popular e tradição religiosa. Apresenta na escrita traços de linguagem oral por demonstrar na fala do personagem sua classe social, apresenta também regionalismos pelo fato de a história se passar no nordeste e o autor ter nascido lá.
Esta peça projetou Suassuna em todo o país e foi considerada, em 1962, por Sábato Magaldi "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro".
Foi apresentada em 1999 na Rede Globo de televisão como minissérie, O Auto da Compadecida (em que há um acréscimo do artigo "o" antes do nome original). Na adaptação feita para o cinema em 2000, também chamada O Auto da Compadecida, aparecem alguns personagens como o Cabo Setenta, Rosinha e Vicentão. Eles não fazem parte da peça original, e sim de A Inconveniência de Ter Coragem, de auta coragem.

Personagens

  • O Palhaço - O palhaço, já que a peça é escrita em pantomima (teatro de rua), atua como um apresentador, entrando e saindo da trama e conversando com o público.
  • João Grilo - Um homem pobre e aproveitador. Vive arranjando confusões. Trabalha para o Padeiro e é o melhor amigo de Chicó.
  • Chicó - É um homem covarde, e gosta de contar mentiras. Trabalha para o Padeiro e é o melhor amigo de João.
  • O padeiro - Homem avarento, dono da padaria de Taperoá. Esposo de uma mulher infiel.
  • A mulher do padeiro - Mulher adúltera que se diz santa. Vive agradando seu marido . E Assim como seu cônjuge, é muito avarenta.
  • Padre João - Padre que chefia a paróquia de Taperoá. Muito racista e avarento, visando somente o lucro material.
  • Bispo - Assim como o padre, ele é muito avarento, e vive difamando seu colega, o Frade.
  • Frade - Um homem honesto e de bom coração. Não sabe que vive sendo difamado pelo Bispo.
  • Sacristão - O sacristão da paróquia é um homem desconfiado e conservador.
  • Antônio Morais - Antônio é um major ignorante e autoritário, que usa seu poder para amedrontar os mais pobres.
  • Severino - Severino é um cangaceiro que encontrou no crime uma forma de sobrevivência, já que seus pais foram mortos pela Polícia.
  • Cangaceiro - É um dos capangas de Severino. Vive fazendo de tudo para agradar seu chefe, a quem idolatra.
  • A Compadecida - É a própria Nossa Senhora. Bondosa e cândida, ela intercede por todos no Julgamento.
  • Emanuel - É o próprio Jesus Cristo, e também o juiz do povo, julgando sempre com sabedoria e imparcialidade, mas tem o dom da misericórdia. Nesta versão, ele possui a pele negra, o que causa espanto em alguns.
  • Encourado - é a encarnação do Diabo. Vive tentando imitar Manuel, por isso exige reverências pelos lugares onde passa. É o justo promotor do Julgamento, mas diferentemente de Emanuel e da Compadecida, não possui misericórdia.
  • Satanás - É o fiel servo do Encourado. Vive fazendo de tudo para agradá-lo, porém é desprezado pelo mesmo.

 




terça-feira, 12 de maio de 2015

Abaporu


Abaporu é uma pintura a óleo da artista brasileira Tarsila do Amaral.
Hoje é a tela brasileira mais valorizada no mundo, tendo alcançado o valor de US$ 1,5 milhão, pago pelo colecionador argentino Eduardo Costantini em 1995. Encontra-se exposta no Museu de arte latino-americana de Buenos Aires (MALBA).
Foi pintada em óleo sobre tela em 1928 por Tarsila do Amaral como presente de aniversário ao escritor Oswald de Andrade, seu marido na época. O nome da obra foi conferido por ele e pelo poeta Raul Bopp, que indagou a Oswald ao ver o quadro: "Vamos fazer um movimento em torno desse quadro?"
Os dois escritores escolheram um nome para a obra, que veio a ser Abaporu, que vem dos termos em tupi aba (homem), pora (gente) e ú (comer), significando "homem que come gente".
O nome foi a referência para a criação da Antropofagia modernista brasileira, ou Movimento Antropofágico, que se propunha a deglutir a cultura estrangeira e adaptá-la ao Brasil.


domingo, 3 de maio de 2015

David



"David" é uma obra-prima da escultura renascentista criada entre 1501 e 1504, pelo artista italiano Michelangelo. Com a altura de 4,10 metros, a estátua de mármore de um homem nu em pé. A estátua representa o herói bíblico Davi, um dos assuntos preferidos na arte de Florença. Originalmente encomendado como parte de uma série para serem posicionados no alto da fachada da Catedral de Florença, a estátua foi colocada em vez disso em uma praça pública, no Palazzo della Signoria, sede do governo civil, em Florença, onde foi inaugurada em 08 de setembro de 1504. Devido à natureza do herói que ele representa, logo passou a simbolizar a defesa da liberdade dos civis consagrados na República de Florença. Uma cidade-estado independente, ameaçada por todos os lados. Principalmente pela hegemonia da família Médici. Os olhos de David, em um estado de advertência, estavam voltados para o Roma. A estátua foi movida para a Galeria Academia, em Florença, em 1873, e mais tarde substituída na posição original de uma réplica.